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Em 'dia D por S/A', vice do Botafogo abre o jogo sobre situação financeira

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|  Foto: Vitor_Silva
Vinicius detalhou a grave situação financeira do clube. Foto: Vitor Silva/BFR

O Conselho Deliberativo do Botafogo decide nesta quinta-feira (27) pela continuidade ou não do projeto de S/A - a possível transformação do Alvinegro em clube-empresa. A Assembleia Extraordinária acontece às 19h de forma virtual, devido à pandemia, e não mais no Casarão de General Severiano, sede do clube, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

A pauta a ser votada pelos conselheiros é simples, porém importantíssima: autorizar ou não que as pessoas envolvidas na criação do projeto prossigam para a captação de investidores no mercado. Isto significa que, em caso de aprovação da maioria, a S/A poderá, enfim, sair do papel.

Antes de exercerem seu direito de voto, os associados terão acesso a todos os detalhes do projeto, incluindo as apresentações a serem exibidas para investidores interessados. O Botafogo chegou a anunciar a transmissão da Assembleia, mas voltou atrás devido às possíveis complicações geradas por vazamentos de informações do projeto.

Em entrevista ao "UOL", o vice-presidente geral e financeiro do clube, Vinicius Assumpção, afirmou que este é apenas o primeiro passo - apesar da extrema urgência em captar novos recursos financeiros.

– É o início do processo, e não o fim. A gente tem tratado isso com muita cautela. Estamos tentando fazer o melhor para o Botafogo. A gente está diante de um mercado que não está de joelhos para investir no Botafogo. Há opções de montão. E temos que entender essa realidade. Ainda mais se o projeto de clube-empresa for aprovado no Senado. A concorrência aumenta. De qualquer forma, é um processo que está se iniciando, pode levar alguns meses. Mas temos que iniciar – explicou Vinicius.

O dirigente abriu o jogo sobre a situação delicada nas finanças do Alvinegro. Segundo ele, atualmente, o clube não possui recursos sequer para fechar o ano de 2021.

– Estamos correndo desesperadamente atrás de dinheiro novo. A gente achava que iria entrar em colapso em abril. Fizemos tudo que é processo para melhorar um pouquinho o fluxo de caixa. Um freio para arrumação. Reduzimos despesas. Conseguimos ter um fôlego até julho, agosto, setembro. Mas é inevitável. Se não vier dinheiro novo, vamos entrar em colapso. Como vamos ter um problema financeiro desse no meio de uma Série B? É um desafio enorme. Mas a gente sabia que não seria fácil – finalizou.

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